Peixes recifais da Ilha dos Franceses: composição, distribuição espacial e
conservação

Nome: HUDSON TERCIO PINHEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/03/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
AGNALDO SILVA MARTINS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
AGNALDO SILVA MARTINS Orientador
CARLOS EDUARDO LEITE FERREIRA Examinador Interno

Resumo: Apesar do aumento do conhecimento a respeito dos peixes recifais brasileiros nas duas
últimas décadas, extensas áreas marinhas continuam sem informação básica ou proteção às
ameaças humanas. Um levantamento das espécies de peixes foi realizado entre os anos de
2000 e 2010 nos recifes e ambientes do entorno da Ilha dos Franceses, e contou com
observações sub-aquáticas, coletas e monitoramento de capturas pesqueiras. Uma lista de 214
espécies de peixes é apresentada neste trabalho. Vinte e cinco espécies são consideradas
abundantes (12%), 41 muito comuns (19%), 43 comuns (20%), 49 ocasionais (23%), 44
incomuns (21%) e 12 raras (6%). Uma análise da dissimilaridade dos habitats aponta que a
coluna dágua (CD) apresenta uma fauna quase totalmente distinta dos outros habitats,
enquanto que recifes rochosos (RR) e interface (IF) possuem 30 espécies em comum, e
substratos não consolidados do entorno da ilha (SNI) e substratos não consolidados das
regiões adjacentes (SNA) apresentam 16 espécies em comum. A maior riqueza de espécies é
encontrada no RR (95 espécies), seguido pela IF (66), SNA (58), CD (46) e SNI (41). O
ambiente que apresentou a maior diversidade beta é o RR, com 50 espécies, seguido pela CD
(36), SNA (33), SNI (10) e IF (7). Cinco espécies ameaçadas de extinção e nove ameaçadas
de sobre-explotação ocorrem na região. Cento e cinco espécies foram levantadas em capturas
de atividades de pesca profissionais, enquanto sessenta e quatro foram levantadas em capturas
de pescarias recreacionais. O número e composição de espécies apresentadas neste estudo são
semelhantes aos encontrados em recifes de coral e recifes rochosos do Brasil. A diversidade
pode estar relacionada ao número de habitats e condições oceanográficas da costa do Espírito Santo. A conservação dos ambientes estudados colaboraria para a proteção de uma importante
parcela (34%) da biodiversidade de peixes recifais brasileiros.

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